O quinto episódio da segunda temporada de The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões marcou a reação do time comandado por Rodrigo Minotauro. Após perder três lutas seguidas para a equipe de Fabrício Werdum, o Time Nogueira se recuperou, e com vitórias de William Patolino e Léo Santos, respectivamente sobre Thiago Marreta e Juliano Ninja, diminuiu a vantagem do Time Werdum, que agora lidera a disputa por apenas uma vitória.
Patolino vence a primeira para o Time Nogueira
O combate começou com Patolino encurtando a distância e levando Marreta para o chão e trabalhando o ground and pound, usando os cotovelos, desde o início do primeiro round. Marreta não conseguia se livrar da pressão do adversário, e se desgastava. Com dois minutos de luta, finalmente o atleta do Time Werdum conseguiu se levantar, e após aplicar um golpe na área genital de Patolino, sendo advertido pelo árbitro Mario Yamasaki, conseguiu acertar um bom chute. Patolino encurtou a distância e levou a luta novamente para o chão, controlando Marreta até o fim do round, quando recebeu algumas pedaladas na coxa, sem muito efeito.
No segundo round, advertido pelo seu córner de que teria que reverter o round usando o muay thai, Marreta voltou buscando golpear, mas Patolino reclamou de receber um dedo no olho, para protestos fortes da equipe de Fabrício Werdum, que achou ser fingimento do lutador. Mario Yamasaki examinou e disse que foi apenas de raspão, autorizando o reinício do combate. Na volta, Marreta encurtou a distância e Patolino aproveitou para levar o rival para o chão novamente, ficando por cima. Marreta levantou, mas foi novamente derrubado, ficando por baixo até o árbitro mandar os dois atletas levantarem. Os dois lutadores voltaram a trocar joelhadas e socos no clinche até o fim da luta. O sinal de Yamasaki que o combate estava decidido nos dois rounds deu a certeza a todos que Patolino havia vencido, o que foi oficializado em seguida, por decisão unânime.
- Fiquei felizão. Já subi um degrau, agora falta a outra perninha subir outro degrau - disse Patolino após a vitória, antes de celebrar com a sua equipe no vestiário.
Léo Santos dominou a luta e vence o Ninja
O combate começou com Ninja tentando aplicar um chute no tórax, mas teve a perna presa por Léo Santos, e puxou o rival para o chão, em uma tática que irritou Werdum, que o havia alertado anteriormente a não fazer isso. Santos dominou a meia-guarda no jogo de chão até a metade do round, quando Ninja tentou uma guilhotina, sem sucesso. Léo Santos se mantinha por cima do rival até faltar um minuto para o fim do round, quando Mário Yamasaki ordenou que eles se levantassem. Ninja tomou a iniciativa do combate, mas puxou Santos novamente para a sua guarda, gerando protestos do seu córner, que gritava que a luta não era de "submission", mas de MMA. A cinco segundos do fim do round, Léo Santos se levantou e aplicou um pisão na barriga de Ninja, seguido de alguns socos no rosto.
No segundo round, os dois se estudaram por alguns segundos, antes de Ninja aplicar um soco rodado, e Léo Santos responder com um chute reto no tórax. Mas, em seguida, o atleta do Time Werdum voltou a puxar o rival para a sua guarda no chão, irritando ainda mais Fabrício Werdum e rafael Cordeiro, que estavam no seu córner. Léo Santos se manteve por cima, até que o árbitro ordenou que os dois se levantassem. Ninja tentou um chute, perdendo o equilíbrio, e depois repetiu o que havia feito antes: trazer Léo Santos para sua guarda no chão, para desespero do seu córner.
A luta se desenrolou no chão, sempre com vantagem de Léo Santos, até Yamasaki novamente interromper a luta e ordenar que voltasse a ser disputada em pé. Segundos depois, no entanto, Ninja puxou novamente Léo Santos para a sua guarda, ficando lá até o fim da luta. No fim do combate, o time Werdum mostrava desânimo, apesar da comemoração de Juliano Ninja. O Time Nogueira também festejou com Léo Santos, pressentindo a vitória, que foi confirmada por decisão unânime.
- Lembrei da minha esposa, do meu filho, minha equipe toda... Essa vitória foi muito importante para mim, porque eu estava naquela adrenalina dentro de mim de querer ganhar, vencer no UFC. Quem manda é o coração, e meu nome é Leonardo Coração de Leão, e não é à toa. É a hora da virada. Patolino abriu a porteira e eu cheguei atropelando. Agora é chegar à final bem, mais experiente - comemorou Léo Santos, que ganhou beijos de Patolino após a luta, no vestiário.
Do outro lado, Juliano Ninja não escondia a decepção pela derrota.
- Estou triste pra cacete porque eu perdi. Foi a pior coisa do mundo. Foi uma b... Me desculpe o linguajar chulo, mas é isso que eu estou sentindo. Foi uma m... Mas não vou ficar chorando, não preciso ficar chorando. Sou homem, já passei por situações muito piores do que essa aqui. MInha realidade é essa: "sad, but true" ("triste, mas verdadeiro", em inglês) - disse o lutador, antes de ser repreendido pelos treinadores do Time Werdum nos vestiários.
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